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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


É assim que se joga na europa do futebol, fora de casa e frente a boas equipas. Coesão defensiva - abanamos algumas vezes, é verdade, principalmente pelas laterais, mas nunca estivemos em desespero e só uma vez caímos - espírito de sacrifício, para saber resistir à pressão, saídas rápidas para o ataque e aproveitamento das oportunidades.

Frente a um Sevilha de pelo na venta, com a tradicional fúria espanhola, recheado de bons jogadores e a jogar a época neste jogo, a equipa de André Villas-Boas foi competente, equilibrada, organizada, discutiu o jogo, mais na primeira que na segunda-parte, é verdade, mas esteve sempre a um nível que se pode considerar aceitável, atendendo ao valor do adversário e sem esquecer um árbitro fraco, complicativo, que não contribuiu para que o jogo fluísse melhor.
Sem Falcao - falarei do colombiano nas notas finais - e com o tradicional 4x3x3, o que obrigou Hulk a jogar pelo meio, a equipa azul e branca entrou bem no jogo - nestas partidas, como isso é importante!, dá confiança e deixa o rival em cuidados -, dominou, controlou, criou alguns lances de apuro na área sevilhana e nunca esteve em perigo de ser surpreendida. Se se pode considerar o nulo um resultado correcto, a haver alguém que merecia chegar ao descanso em vantagem, era o F.C.Porto.
A etapa complementar foi pior jogada e muito mais sofrida por parte da equipa portista - tenho para mim e por mais absurdo que possa parecer, que aquele sururú e a paragem de vários minutos que se lhe seguiram, espevitaram o Sevilha, público e equipa e perturbaram o conjunto de Villas-Boas. A partir daí a equipa azul e branca teve dificuldades em ter bola, em controlar o jogo, em sair para o ataque, sofreu, mas teve a sorte do jogo e marcou na primeira oportunidade e numa altura em que o conjunto da Andaluzia era mais perigoso. Se a vantagem portista, de alguma forma era injusta, a justiça no resultado apareceu passado pouco tempo e fez a equipa espanhola acreditar que podia vencer, continuando a pressionar, a atacar e colocar a equipa portista em dificuldades.
Mas Villas-Boas estava atento: vendo que Rodríguez pouco mais trouxe que o jogador que substituiu e com Varela a perder gás, o técnico portista fez entrar Guarín para o lugar do internacional português e com isso equilibrou a equipa, ganhou força, poder de choque e um jogador capaz de pressionar mais alto. Veio a colher os frutos e a ser feliz, com o colombiano a marcar o golo da vitória a 5 minutos do fim, resultado que pode ser injusto para o Sevilha - talvez o empate estivesse mais certo -, mas nestas provas a eliminar, é preciso e como dizia anteriormente, aproveitar as oportunidades, saber sofrer e ter a sorte.

Notas finais: o resultado é excelente, mas, atenção!, a eliminatória ainda não está resolvida. Cautelas, caldos de galinha e um público - por falar em público, parabéns aos que foram a Sevilha. Estiveram fantásticos. Com adeptos destes, o F.C.Porto nunca caminhará sozinho! - a apoiar sempre, acredito, vão colocar o Dragão nos oitavos-de-final.
Radamel Falcao não estava a 100% e naturalmente não jogou, nem esteve no banco. Não podemos correr riscos se queremos o colombiano para o resto da época e não apenas para um jogo, para mais um jogo com estas características e que pedia 101%. Com lesões graves e nos joelhos, não se brinca Fizemos bluff?, talvez, mas qual é o problema?
Talvez seja injusto para alguém, mas só vou destacar Rolando. Fez um jogo fantástico e marcou um golo importante.
E vão nove jogos e oito vitórias e um empate. Pedir mais, seria um exagero... 

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