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domingo, 6 de maio de 2012


Ainda falta um jogo, o balanço final só vai acontecer depois do Rio Ave/ F.C.Porto do próximo fim-de-semana, mas mesmo sendo o futebol um jogo colectivo e o colectivismo, que potencia as individualidades, ser a base do sucesso portista, hoje é o momento de falar do núcleo duro do título, aqueles que, na minha opinião, foram os mais, numa época muito complicada.
De trás para a frente...

Helton:
mais uma época em grande, com uma regularidade impressionante, Helton foi importante e em alguns momentos, principalmente nas fases de maior aperto, por exemplo, no Nacional-Porto, decisivo. Nem o facto de ter perdido a braçadeira, em condições estranhas, o perturbou e vimos no guarda-redes do Campeão alguém que agregava, unia, dava o grito.

Maicon:
De patinho feio, central trapalhão, desconcentrado, que quando tinha a bola era um frenesim nas bancadas, até a um lateral adaptado, mas cumpridor e ao patamar de melhor central portista em 2011/2012, foi tempo de apenas uma época. Mérito, obviamente de Maicon, mas também de Vítor Pereira. Uma certeza. Como é jovem e ainda pode evoluir mais, pode vir a ser mais um central para transferir por muitos milhões.
 
Fernando:
No final da época passada mostrou desejos de sair e isso valeu-lhe o olhar de lado do universo portista, mas tendo ficado, foi sempre alguém com disponibilidade total, jogando sempre a alto nível, nunca mostrando má cara. Já tinha falado dele aqui , como um exemplo, exemplo que se veio a confirmar ao longo da época que foi muito boa do Polvo, apesar de alguns contratempos relacionados com lesões. É um jogador muito pretendido e portanto, se sair, não será uma surpresa, mas é um dos que se ficar, tenho a certeza, ficará de corpo e alma.

Moutinho:
O pêndulo e o equilíbrio da equipa. Não terá sido tão brilhante como na temporada anterior - alguém foi?...-, mas nunca baixou a níveis abaixo do normal e foi um dos que na hora da verdade disse presente. É um jogador fiável, daqueles que está lá sempre, que nunca se esconde. Costuma dizer-se que há  jogadores que ganham jogos e outros que ganham campeonatos. Moutinho é dos que ganham campeonatos. Se ficar, será, não tenho dúvidas, um dos capitães, até o capitão no caso da abraçadeira ficar vaga com a saída de Hulk.

Lucho:
O clique que faltava, uma contratação que fez a diferença. Lucho é um líder, um jogador de respeito e que se faz respeitar. Não sendo um jogador exuberante, de grandes fintas e correrias, Lucho sente-se e com ele a equipa fica mais madura, controla melhor os ritmos, a ansiedade, ganha experiência, qualidade na posse e circulação de bola, que tão importante foi na hora dos mata-mata. Não dura os 90 minutos? Depende, há jogos que sim, outros que nem por isso, mas é um luxo tê-lo no plantel.

Hulk:
O melhor jogador do campeonato, o homem que virou a sorte e o destino desta Liga a favor do F.C.Porto. Marcou nos jogos que decidiram o título, foi a ele que a equipa recorreu para resolver e ele resolveu. Desde que regressou após o castigo originado pelo famigerado caso do túnel da Luz, com ele em campo, nunca mais o F.C.Porto perdeu um jogo, o que diz tudo. É óbvio que gostaria que continuasse, mas não sei se é possível quando todos os olhos dos grandes tubarões do futebol europeu estão sobre ele.
Curioso, o "director" do panfleto da queimada diz ficará com pena se Hulk sair, pelo F.C.Porto e pelo futebol português.
- Ó Serpa vai dar banho ao cachorrinho branquinho e às pintinhas vermelhas e deixa-te de cinismos e hipocrisias.

James:
Confesso, depois do que vi na temporada passada e no início desta, esperava mais de James. O jovem e talentoso colombiano rendeu mais e foi mais determinante, quando vindo do banco - exemplo flagrante, o jogo da Luz ...- e na ausência de Hulk, esperava que fosse ele a pegar na batuta e a assumir-se, coisa que raramente aconteceu. Mas marcou, assistiu, foi importante e por isso, também pertence ao núcleo duro do título. embora e repito, esperasse mais.

Sobre Vítor Pereira que vi ontem a dar a volta ao campo a bater com a mão no coração, como quem faz uma volta de despedida e mais tarde na sala de imprensa, com dificuldades em responder a perguntas sobre o seu futuro, mesmo tendo mais um ano de contrato, falaremos depois de terminar o campeonato, no tal balanço final em que tudo será escalpelizado.

Uma palavra final, eles também foram muito importantes, para as claques Super-Dragões e Colectivo 95.
Numa época difícil, com momentos de desânimo e algumas desilusões, jogos à semana e a horas que não lembram ao diabo, as claques portistas estiveram sempre presentes, nunca faltaram no apoio, com eles o F.C.Porto nunca caminhou sozinho. Eles nunca desistiram, eles nunca baixaram os braços, eles acreditaram sempre. Parabéns, mais que justificados, portanto.
Quem também merece uma palavra de elogio é o speaker do Dragão, Fernando Saúl, um portista dos sete costados, que durante a época fez de tudo para manter a chama acesa e ontem nunca deixou morrer a festa.









Ontem a Liga entregou o Troféu ao vencedor e fê-lo através da directora da comissão executiva, Andreia Couto. O "Guardanapinho" poupou-nos da sua presença, só temos de lhe agradecer.

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