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quarta-feira, 9 de outubro de 2013


Como acredito que esta análise não é única, está no pensamento de todo o grupo de trabalho do F.C.Porto, só posso ficar contente com as declarações de Jackson Martínez. Quando se é capaz de fazer auto-crítica, se tem a consciência que é preciso fazer mais e melhor, está-se no caminho certo para alterar o que está mal, fazer bem no futuro. Agora é só passar da teoria à prática.

Vem no jornal O Jogo de hoje que o encontro da Taça de Portugal frente ao Trofense, a disputar no dia 19 deste mês e pelas 19 horas no Estádio do Dragão, vai ser uma boa oportunidade para Ghilas, Reyes, Carlos Eduardo, Ricardo, etc., jogarem e mostrarem serviço. Em condições normais, se os jogos que vêm a seguir fossem frente a dversários com baixo grau de exigência, subscreveria esta opinião, mas como depois do Trofense temos o Zenit e a seguir o Sporting, jogos difíceis e muito importantes para o futuro imediato do F.C.Porto, não acho boa ideia. Acho que o jogo da Taça de Portugal deve ser encarado como uma espécie de ensaio geral para os jogos que vêm a seguir e explico porquê: como a paragem competitiva é longa e muitos jogadores só treinam, há tendência a relaxar, descomprimir, perder ritmo competitivo. Como os jogos que se seguem não são brincadeira, salvo uma ou outra excepção, Jackson, Quintero e Fucile por exemplo, que têm viagens longas, desgastantes e só chegam em vésperas do jogo, todos os outros, incluindo os que também não estão no Olival, mas não estão sujeitos a grande desgaste, deviam entrar em cena.

Não sei se passa pela cabeça de Paulo Fonseca, mas como treinador de playstation, tenho pena é que este jogo, pelas razões apontadas, não possa ser aproveitado para ensaiar aquele que eu acho o melhor sistema para este plantel do F.C.Porto, o 4x4x2 losango. Os riscos não seriam muitos e os ganhos poderiam ser importantes.
Vejamos:
Se os alas para o nosso modelo habitual e tradicional, o 4X3X3, não são tão bons como já tivemos no passado; se a posse e a transição rápida, o contra-ataque, não é o que desejamos, nem temos jogadores talhados para isso; se Jackson sabe jogar, tabelar, ir para os espaços, deambular, não é propriamente lento, um ponta-de-lança tipo Jardel e portanto, não precisa de ser alimentado a cruzamentos; se temos dois laterais habilidosos, que sabem jogar, dão largura e profundidade, mas também são capazes de interiorizar; se temos várias possibilidades para o chamado 10 e para os vértices laterais do losango; um trinco que faz bem o lugar 6 sozinho, sabe cobrir as subidas dos laterais e descer para junto dos centrais; porque não experimentar e se resultar, mudar? Será que frente a adversários que nos são claramente inferiores e no Dragão, as exibições experimentais, seriam piores que algumas que temos visto?
Para a Champions e em um ou outro jogo do campeonato:
Helton, Danilo, Otamendi, Mangala - obviamente mais sereno a abordar certos lances - e Alex Sandro; Fernando; Lucho, Herrera ou Defour; Josué; Quintero e Jackson.
Para todos os outros jogos, incluindo aqueles que não estariam a correr bem na Champions e nas excepções da Liga Zon Sagres:
Helton, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro; Fernando; Lucho, Herrera ou Defour ou Josué; Quintero; Jackson e Ghilas.
Obviamente, estes seriam os onzes base, depois poderíamos alterar e variar, conforme as necessidades e possibilidades, com Kelvin, Ricardo, Maicon, Fucile, Licá, Varela, Carlos Eduardo, Reyes e Izmaylov.


O problema não está no arroz de tomate, nas petingas fritas ou no charuto. Não, o problema está no Cutty Sark.

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