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domingo, 30 de novembro de 2014


De regresso ao campeonato após uma paragem de três semanas e de um empate no Estoril que custou a digerir, o F.C.Porto defrontou e venceu o Rio Ave, naquela que é a vitória 2000 do Dragões em todas as competições oficiais - amanhã falarei disso mais em pormenor. A vitória é justa, mas o resultado é muito exagerado.

O F.C.Porto até entrou forte e durante cerca de 20 minutos, mais coisa menos coisa, circulou bem, atacou com critério e pelos flancos, tivesse um ponta-de-lança mais desperto e mais próximo do seu valor, podia e merecia ter chegado à vantagem. Mas passado esse período o conjunto de Lopetegui baixou o ritmo, perdeu dinâmica, deixou de ter largura e profundidade, tornou-se previsível, complicou, facilitou a vida à equipa de Vila do Conde que foi-se soltando, equilibrando, conseguiu ter mérito em chegar ao intervalo com o nulo.
Resumindo, os portuenses começaram por prometer muito, não cumpriram, acabaram justamente penalizados, os vilacondenses premiados.

Para a etapa complementar, Lopetegui, apesar da equipa não ter correspondido na segunda metade da primeira-parte, apostou no mesmo onze. E quando Tello logo aos aos 3 minutos colocou o F.C.Porto em vantagem, conseguindo o mais difícil, tudo parecia indicar que a decisão do técnico portista tinha sido correcta. Só que ao contrário do que se previa, nem o golo melhorou a prestação do conjunto da casa. Os  Dragões continuaram pouco inspirados, a equipa de Pedro Martins aproveitou para subir, foi conseguindo algumas jogadas bem delíneadas, foi chegando com algum perigo junto da baliza de Fabiano, ameaçou empatar. Vendo o perigo, o técnico espanhol mexeu e bem: primeiro tirou o desinspirado e notoriamente cansado Brahimi e meteu Rúben Neves; depois tirou outro que também não esteve bem, Herrera e meteu Quintero. A partir daí, sem ser brilhante, longe disso, o F.C.Porto melhorou e quando Jackson fez o 2-0, o Rio Ave como que baixou os braços. Veio o terceiro, o quarto e o quinto, acabando com a equipa de Lopeteui por golear, resultado exagerado, demasiado castigador para um bom Rio Ave e que a qualidade da exibição portista não justificou.

Concluindo:
Foi um Porto cansado e com alguns jogadores claramente abaixo das suas capacidades, exemplos de Jackson, Brahimi, Casemiro ou Herrera, aquele que na noite de hoje conseguiu o objectivo de conquistar os três pontos e não descolar do líder. Mas é um dos tais jogos em que o resultado é muito melhor que a exibição.

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