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domingo, 20 de setembro de 2015


Hoje não há notas finais, há notas iniciais:
1 - É preciso ter uma grande lata ouvir o treinador do Benfica dizer que o Maxi devia ter sido expulso. Quando estava no Benfica não era expulso quando merecia, no F.C.Porto devia ser expulso por não fazer nada? Porque levou o primeiro amarelo o jogador uruguaio? O que fez de grave no lance em supostamente devia ter visto outro amarelo? Haja decoro e vergonha na cara.

2 - Só quem tem uma visão limitada do futebol e só vê o óbvio, é que não percebe porque saiu Aboubakar e entrou Osvaldo. Foi porque Lopetegui quis ganhar, quis ter na frente alguém que pressionasse e tivesse a agressividade que o internacional camaronês, completamente desgastado por um jogo monstruoso em Kiev, já não tinha. E não é que acertou na substituição? E não é que também acertou nas substituições de Rúben por Danilo e Varela no lugar do desinspirado Corona, que acusou e de que maneira a responsabilidade do jogo?

3 -Lopetegui nunca tinha ganho ao Benfica, ganhou hoje. Agora os nossos grandes amigos da Comunicação Social já não podem atirar com essa ao treinador do F.C.Porto.

4 - Jogamos um dia depois, fizemos duas longas viagens, defrontamos um equipa, o Dínamo de Kiev que é bem mais forte que o Astana, só chegamos ao Porto às 6 da manhã de quinta-feira, já não treinamos nesse dia e mesmo assim, fomos a única equipa que na segunda-parte quis e fez alguma coisa para ganhar.

5 - Grande ambiente e grande adeptos no Dragão. Não são alguns ignorantes que acham que só se ganham os jogos metendo todos os avançados lá para dentro, que vão perturbar uma noite de grande fervor portista.

O jogo:
Entramos bem, mas num lance de bola parada o Benfica ameaçou, passado pouco tempo tornou a ameaçar noutro lance igual, valeu Iker Casillas para o resultado se manter em branco. Com essas jogadas o F.C.Porto ficou nervoso, intranquilo, a bola queimava e em vez de procurem resolver os problemas colectivamente, houve jogadores dos Dragões que quiseram fazer tudo sozinhos. Corona, Aboubakar e principalmente Brahimi, não conseguiram, disso se aproveitou o Benfica para se soltar, ficar por cima, criar problemas, embora e tirando os lances já referidos, nunca mais a baliza portista correu grande perigo. Nos últimos 20 minutos até ao intervalo o jogo já estava equilibrado, o F.C.Porto já tinha melhorado, mas faltava mais discernimento, mais calma a definir, mais rapidez a soltar a bola e mais assertividade no último passe.
Resumindo, resultado que se aceitava, mas mais Benfica nos primeiros 45 minutos.

Na segunda-parte tudo foi diferente.
Entrando forte e dominador, o F.C.Porto foi para cima do Benfica, sem ser brilhante, for melhor, teve mais alma e mais crença, quis ganhar enquanto o Benfica só queria empatar. Mesmo antes de Lopetegui mexer, já o F.C.Porto podia ter chegado à vantagem. Primeiro, quando Aboubakar enviou uma bola de cabeça ao poste com a baliza toda à sua mercê; depois, quando o mesmo jogador teve outra clara oportunidade na cara de Júlio César. Com Rúben também desgastado, o técnico portista retirou o jovem natural de Mozelos, meteu Danilo, o F.C.Porto passou a ter mais força e mais frescura, continuou à procura do golo, mas faltava o passo decisivo. Era preciso alguém que desse à frente de ataque aquilo que Aboubakar já não dava. Entrou Osvaldo e o italo/argentino mexeu-se bem, ajudou a pressionar. E foi assim que Brahimi recuperou, tocou para Varela que isolou André André e o filho do Grande António André, também ele Grande como o pai, à saída de Júlio César tocou para baliza com a categoria dos craques. Estava feito o golo que o F.C.Porto já merecia e não sendo o mais importante, pelo melhor jogador em campo.
Tudo somado, os Dragões foram bem melhores e mais perigosos na segunda-parte que o Benfica foi na primeira, mereceram a vitória.

Com este resultado o F.C.Porto não só continua na liderança como ganha a tranquilidade e a confiança para poder evoluir naturalmente e sem pressões excessivas. Ninguém ganha nada à quinta jornada, mas se nos lembrarmos o que aconteceu na época passada e na importância que o mesmo clássico teve na decisão do título... é caso para dizer que estamos no bom caminho.
Isto não pára, sexta já há novo jogo em Moreira de Cónegos e depois vem o Chelsea. Mas este mini ciclo, Dínamo e Benfica, foi ultrapassado de forma positiva, saímos dele mais fortes e mais moralizados que entramos.
Vamos F.C.Porto que o caminho faz-se caminhando. E é este o caminho certo.

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