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terça-feira, 29 de setembro de 2015


Como abordar este jogo, esta exibição e esta grandíssima vitória, frente a uma grande equipa, com meia dúzia de craques do melhor que há no Mundo? Que somos uma equipa de Champions, só na prova rainha da UEFA, tal como aconteceu na época passada, vemos o melhor Porto? Um Porto capaz de aguentar 90 minutos a um ritmo alto, com um alma, uma raça, um espírito de sacrifício e uma qualidade de jogo que raramente vimos no campeonato português? Um Porto que jogou olhos nos olhos com o campeão inglês e mostrou argumentos para não ter de sofrer tanto para garantir de forma justíssima os 3 pontos e o milhão e meio de euros de prémio de vitória. Alguém tem dúvidas que metade deste Porto, ganha 95% dos jogos em Portugal? Em quatro dias o treinador passou de besta a bestial? Porque não me venham com histórias, se hoje houve muito Porto, não foi, apesar de Lopetegui, porque isso é má-fé, foi com Lopetegui e com a equipa. O grande desafio que se coloca ao grupo e ao seu líder, é acabar com o sobe e desce, não podemos ter vitórias que nos colocam nos píncaros da fama no futebol europeu e mundial e passado uma semana ter prestações que nos fazem corar de vergonha e com uma frustração difícil de digerir.

Uma primeira-parte equilibrada, mas com a equipa de Mourinho a ter as melhores oportunidades. Valeu Casillas, para que os ingleses não se adiantassem no marcador, não porque estivessem a jogar melhor, mas porque aquele triângulo, centrais mais Danilo, nunca percebeu como podia travar os versáteis jogadores do Chelsea, Willian, Cesc Fabregas, Pedro e principalmente, Diego Costa que aparecia em todo o lado. Mas se os londrinos tiveram essas oportunidades, nunca os Dragões deixaram de replicar, de ousar, de procurar criar dificuldades, de chegar à frente com perigo e quando marcaram já ninguém podia dizer que era contra a corrente de jogo. Não, quando André André fez 1-0, após grande jogada de Brahimi, já o conjunto de Julen Lopetegui estava por cima, jogava bem, entusiasmava. Quando em mais uma hesitação, Ramires recuperou a bola, foi derrubado e da falta Willian empatou em cima do minuto 45, foi um grande balde água fria. Pelo que tinha feito até aí, o F.C.Porto não merecia essa amarga penalização. Ainda bem que o público do Dragão reconheceu a boa prestação da sua equipa e tributou-lhe uma grande salva de palmas.

Na segunda-parte, rectificado o que era preciso, os azuis e brancos arrancaram para uma exibição de tal forma consistente, constante, empolgante, com uma qualidade de jogo acima da média e nunca vista esta época. Maicon fez de cabeça o 2-1 e colocou justiça no marcador. Depois desse golo, é verdade que Diego Costa mandou uma bola à barra e aí a sorte protegeu o F.C.Porto, mas foi uma sorte merecida, o F.C.Porto era a melhor equipa,  causava graves problemas ao Chelsea. Em vantagem os portistas não recuaram, pelo contrário, com o apoio do publico lançaram-se para a frente numa avalanche de ataques, em que o golo da tranquilidade esteve várias vezes à vista. Com vários lances em que o 3-1 só por milagre não surgiu e como no futebol muitas vezes quem não marca e mata, sofre e morre, os minutos finais foram de grande sofrimento. Foi um sofrimento que os portistas, treinador, equipa e adeptos não mereciam. Mas felizmente acabou tudo bem, com uma grande vitória de um Dragão de chama alta, numa noite, mais uma, em que o F.C.Porto se prestigiou e prestigiou um futebol português que não o merece.

Houve exibições monstruosas, mas quando todos dão 2 litros, mostram um atitude, uma alma, raça e espírito Porto, SEM IGUAL, não é justo destacar ninguém. Apenas perguntar: este Porto, é para valer, malta?

Notas finais:
Apesar da desilusão de Moreira de Cónegos, mais uma enchente no Dragão, os portistas não abandonaram a sua equipa. Hoje, momentos houve em que a equipa puxou pelos adeptos e eles corresponderam como há muito não se via e mais, nunca se ouviram assobios, mesmo em alguns momentos difíceis.

Não sei se o último lance Marcano cortou a bola com a mão e ficou por marcar um penalty contra o F.C.Porto, ainda não vi imagens do lance, mas se foi ainda bem que não marcou, porque durante o restante tempo de jogo apitou sempre a favor do seu amigo Mourinho. E por falar em Mourinho, custou-lhe muito a digerir esta derrota, mas não tem de que se queixar, hoje o F.C.Porto foi melhor. E continua sem ganhar no Dragão como treinador adversário.

Temos tempo para falar da FPF e de outras coisas, amanhã, hoje é para festejar um grande triunfo do nosso clube que recebeu, recebemos, a melhor e mais saborosa das prendas.
São estes jogos e estas vitórias que nos enchem o ego e nos deixam cheios de orgulho

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