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domingo, 27 de novembro de 2016


Está a tornar-se uma rotina:
Já estamos novamente na fase do plantel fraco, jogadores sem nível para jogar no F.C.Porto, contratações que não passam de flops. Mas será tanto assim? Será que mesmo com algumas limitações, a maior das quais e para a qual foi feito o alerta no momento próprio - falta um avançado de classe, daqueles que se não vai com nota artística, vai com a canela, o traseiro, costas, mas a redondinha faz balançar as redes -, este plantel não tem capacidade para ganhar ao Tondela, Vitória F.C., Chaves ou Belenenses, pior, nem para lhes marcar um simples golo? Tem, claro que tem. Porque não estão as coisas a correr bem?
Que fique claro: não se pode acusar a equipa do F.C.Porto de não correr, lutar, ter falta de atitude, baixar facilmente os braços. Não, não se pode - já os níveis de concentração é outra história... Mas pode-se dizer que a equipa do F.C.Porto é uma equipa organizada, equilibrada, compacta e coesa, com processos bem definidos e consolidados? Não. Por isso, é minha opinião, Nuno Espírito Santo(NES) arrisca pouco na rotatividade, recorre quase sempre aos mesmos. E assim, apesar de correr, lutar, não baixar os braços, esta equipa tem tido resultados muito aquém das expectativas. NES diz que é preciso trabalhar mais. Não será que em vez de trabalhar mais, é necessário trabalhar melhor? E que tal haver uma linha de rumo, um critério minimamente coerente na gestão dos recursos humanos?
É que se fizermos uma retrospectiva ao que tem acontecido esta época e às opções do treinador do F.C.Porto, rapidamente constatamos que há jogadores que aparecem quando ninguém imaginava que aparecessem, para depois desaparecerem novamente - exemplo, Adrián López; outros que parecem estar a pagar pelos erros que cometeram e depois de contarem muito, agora nem calçam - Herrera; jogadores que jogam mal, estão cansados, mas são sempre titulares e outros a quem não se perdoa nada e se espera que jogando hoje uns minutos, amanhã outro tanto e quase sempre em circunstâncias difíceis, façam milagres - André Silva e Diogo Jota versus Depoitre; jogadores que são acusados de individualismo e que prejudicam o colectivo - Brahimi -, mas depois o colectivo não funciona e nem se tem aquele que é um dos poucos com capacidade para num lance de génio resolver; jogadores que vieram com grandes expectativas, não destoaram na pré-época, mas depois nem um minuto jogaram - João Carlos Teixeira; Evandro parecia que não contava e depois passou a ser uma das primeiras opções a entrar, em jogos importantes, ele que depois de tanto tempo parado não tem o ritmo ideal; idem para Sérgio Oliveira; etc., etc.... É verdade que a defesa está bem, mesmo quando o meio-campo não filtra nada, os alas ajudam pouco, os adversários têm todo o tempo para pensar e executar, a consistência tem-se mantido. Mas sem tirar mérito ao técnico dos Dragões, dando de barato que sempre ouvi dizer que o processo defensivo é o mais fácil de trabalhar, será que as melhorias do sector recuado não terão também a ver e muito, com um Felipe mais contundente, mais objectivo, mais forte no jogo aéreo e mais rápido e sem os tiques de vedetismo de Maicon - nem vale a pena lembrar que Chidozie chegou a ser o parceiro de Marcano...- e um Alex Telles que defende melhor que Layún? E assim, convenhamos, fica difícil.

Depois do jogo frente ao Benfica e da excelente exibição produzida, apesar daquele murro no estômago, parecia que estávamos no caminho certo. Concluímos agora que ainda não foi desta, foi mais uma das poucas excepções que confirmam a regra de jogar pouco e mal. Com a agravante que no clássico, frente ao grande rival, nem é preciso dizer nada, os jogadores estão concentradíssimos, motivadíssimos, olham para o estádio cheio e para o entusiasmo dos adeptos, ficam com pica, só querem comê-los, crescem...

O que quero dizer com tudo isto? Simples: estou muito longe de pensar que os problemas que afectam este F.C.Porto 2016/2017, se resumem à qualidade do plantel. São também de exclusiva responsabilidade do treinador? Não. Mas um bom treinador e NES ainda não demonstrou ser um bom treinador, ajuda e disfarça, minimiza os problemas. Foi assim no passado, quando no longo consulado de Pinto da Costa à frente dos destinos do F.C.Porto, passamos por uma situação que não foi igual a esta que atravessamos, mas também houve três épocas sem ganhar o título, também havia contestação e da grossa.

Manuel Oliveira, nome de gente grande, mas de um árbitro sem capacidade e pior, sem personalidade.
O homem foi arrasado na Luz, após o Benfica-Vitória de Setúbal. Como isso poderia gerar equívocos, alguém pensar que isso se devia a alguma simpatia pelo F.C.Porto, era fundamental aproveitar a oportunidade, fazer pela vidinha, deixar claro que nem pensar. Portanto, chamado a arbitrar o Belenenses versus F.C.Porto, o homem não fez a coisa por menos, prejudicou o F.C.Porto. Mostrar, salomonicamente, amarelo a quem não fez nada, Felipe e a quem agrediu, Camará, é de mestre. E pronto, o homem está perdoado. Ninguém depois desta arbitragem no Restelo, vai pensar que é um árbitro das simpatias portistas.


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