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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Ontem, no Universo Porto da Bancada, voltou-se a abordar questões muito interessantes e que mostram de forma clara e que não deixa dúvidas a ninguém que esteja de boa-fé, qual o comportamento de algumas personagens que gravitam no futebol português, do estado a que chegou o desporto rei em Portugal. Nem todos os problemas do F.C.Porto se resumem a factores externos, seria um péssimo sinal, um sinal que não estamos a ver bem o filme, se pensássemos assim - falaremos disso mais à frente -, mas aquilo que vamos sabendo é de ficar com os cabelos em pé. E porque ninguém acredita que toda esta bandalheira passasse ao lado do F.C.Porto, porque diariamente somos confrontados com factos novos e verdadeiramente surpreendentes, embora aqui já tenha dado um lamiré, importa perguntar o seguinte: porque ficamos tanto tempo quedos, surdos e mudos, não combatemos esta pouca vergonha que tem nos causado tanta mossa? E se, repito, não é a única causa de todos os nossos males, em momentos importantes - por exemplo, na primeira época de Julen Lopetegui -, foi notória essa influência perniciosa, porque não atacamos o problema de frente, com coragem e o espírito de luta que sempre foi apanágio do F.C.Porto liderado por Pinto da Costa?

Um dos pontos abordados foi a arbitragem. E aí, falou-se disto - Bruno Vieira, depois de Rui Oliveira, nesta foto, é mais um que não se contém e não se inibe de manifestar publicamente o seu benfiquismo - de Ferreira Nunes, o responsável pelas classificações dos árbitros no Conselho de Arbitragem anterior, mentor, criador e manipulador ao serviço do clube do regime e o responsável por esta geração de árbitros - alguns já internacionais, como João Pinheiro, vulgo Mostovoi, ou Luís Godinho - que têm todos em comum uma indisfarçável paixão pelo encarnado.

Outro, foi o comportamento do ex-árbitro e agora comentador de arbitragem, Pedro Henriques. Com dois exemplos paradigmáticos, lance de Alex Telles no Rio Ave - F.C.Porto e de André Almeida no Vitória S.C. - Benfica. Nessa análise ficou clara a falta de isenção e seriedade do comentador. Pedro Henriques achou correcto o cartão amarelo ao jogador dos Dragões - toque com a mão na cara do adversário, era o segundo, a consequência foi o vermelho e a expulsão -, mas no caso do jogador do Benfica, exactamente igual, já achou que o amarelo não se justificava. Mas sobre o militar ou ex-militar, não sei, agora comentador na Sportv, este comportamento não é original, já quando fazia parte do painel de comentadores do Jogo tinha ficado provada a sua falta de isenção, o que levou e bem o jornal a dispensar os seus serviços. Claro que o canal de desporto não se importa de ter alguém com este perfil, até deve achar bem e aplaudir. Para esses, também os interesses do clube da Luz estão acima de tudo e se for necessário dizer hoje uma coisa e amanhã, sobre lances iguais, coisas diferentes, não há problemas.

Também se falou do relacionamento entre o F.C.Porto e as claques, a propósito de uma notícia do Expresso que já mereceu réplica da principal claque do F.C.Porto, aqui.
Cisões, divisões, confusões, esta gente aproveita tudo para cavalgar a onda, aproveitando o mau momento que o F.C.Porto atravessa. Mas não é surpresa para ninguém que não se preocupem com tanta pouca vergonha que grassa no futebol e tem estado bem à vista nos últimos tempos. Como nunca os vi dizerem algo que também foi ontem falado no programa do Porto Canal, sobre as claques do clube do regime estarem fora da lei, mas continuarem a merecer toda a atenção por parte dos poderes públicos, incapazes de agir e obrigar o Benfica a cumprir a lei. E caso a lei não seja cumprida, há regulamentos onde estão previstas sanções que penalizam os clubes incumpridores.
A minha posição em relação às claques é simples e de há muito tempo: servem para mobilizar, apoiar, ajudar. Claques como força de pressão, tropa de choque, muitas vezes extravasando o mais elementar bom senso, não fazem sentido. Quando existe descontentamento há muitas formas de mostrar esse descontentamento sem ultrapassar certos limites.

Finalmente, falou-se no Fernando Guerra, o reco-reco anormal, que, como já tinha referido no post anterior, foi igual a ele próprio, um lambe cus de Vieira e um freteiro ao serviço do Benfica. Como bem sabem os que frequentam o tasco, Guerra tem merecido aqui vários destaques, mas também lhe vou enviando alguns miminhos por e-mail, como foi o caso de ontem:
«O Verme.
O verme em 2010 colaborou activamente na mais miserável campanha contra árbitros e arbitragem, quando, à quarta jornada, o Benfica, sentindo-se prejudicado deu um murro na mesa. O verme também colocou a sua chancela num comunicado contra tudo e contra todos, com o crime de lesa futebol que foi o apelo aos adeptos para boicotarem os jogos fora da Luz. Nessa época, disse o verme, foram os árbitros os culpados da má época do Benfica - apesar da esmagadora superioridade portista, bem assinalada nas vitórias claras na supertaça, goleada no dragão, campeões na Luz, remontada histórica na Taça de Portugal. Pois agora, o verme, dá uma cambalhota, bem definidora do seu carácter de minhoca e diz esta frase: "transferir para um fora de jogo ou um penalty mal assinalados a culpa pelo insucesso em competição de regularidade e longa duração só convence quem não se importa de viver enganado."
O verme é um escroque da pior espécie, um réptil, um prostituto ao serviço dos interesses do Benfica, o verme é alguém que envergonha o jornalismo.»
Acho bem que também combatamos esta escumalha, mas como já disse muitas vezes, não podemos facilitar-lhes a vida, temos de arranjar maneira de os fazer tratar o F.C.Porto com o respeito que merece.

Mas se não devemos adormecer e continuar a denunciar o que está mal, não podemos resumir tudo o que se tem passado e não apenas esta época, a questões externas. Não, e não só pelo silêncio que fizemos quando se começou a cozinhar o polvo ou a alma e a chama que se perdeu no Dragão. Há outras razões que se intensificaram após o momento Kelvin 90+2. Esse momento, se por um lado proporcionou ao universo portista uma alegria brutal, ao nível das maiores de sempre, por outro teve efeitos perversos. Incapaz ler os sinais que já eram notórios, o F.C.Porto - Pinto da Costa e quem o acompanhava -, cometeu muitos erros, foi arrogante, autista, fez um raciocínio que se pode traduzir assim: se nós com Vítor Pereira, um adjunto promovido a principal, ganhamos dois campeonatos, também ganhamos com qualquer outro. Veio Paulo Fonseca, excelente pessoa e um treinador que está agora a provar ter capacidades, mas que não estava preparado na altura para tão grande desafio. A coisa correu mal, voltou a correr mal com Lopetegui - não vale a repetir as razões, elas já foram escalpelizadas -, com Peseiro e não estão a correr bem com Nuno Espírito Santo. E chegamos aqui, eliminados da Taça de Portugal e da Liga, sem grandes esperanças na Champions - o F.C.Porto nunca entra derrotado e pode eliminar a Juventus, como eliminou a Roma, mas os italianos são claramente favoritos - e a seis pontos do líder do campeonato/Liga NOS. Estamos também em pleno mercado de transferências, altura ideal para fazer um ou outro ajustamento - um bom avançado e um médio forte, capaz de ser contundente no último terço, e com poder de fogo, seriam bem-vindos -, mas não temos dinheiro. E como para além disso, porque falhamos o cumprimento do fair-play financeiro, estamos sob o olhar atento da UEFA, temos de ir em frente com soluções internas, aproveitar um ou outro negócio de ocasião que possa surgir. É esta a nossa realidade, uma realidade muito difícil, mas temos de a assumir e seguir em frente. E seguir em frente obriga que quem dirige cumpra a sua obrigação, treinador e equipa também sejam capazes de ganhar jogos que têm obrigação de ganhar. Dizer que fomos superiores, dominadores, atacamos muito e tivemos várias oportunidades, não chega, é normal, a obrigação do F.C.Porto quando joga com Tondela, Vitória F.C., Chaves, Belenenses, Moreirense, Feirense ou Paços de Ferreira. O que não é normal é não ganhar esses jogos. E portanto, vamos lá fazer o que precisa de ser feito, conquistar os três pontos nos próximos quatro jogos - Moreirense e Rio Ave em casa, Estoril fora e Sporting novamente no Dragão - e continuar na luta até ao fim. Não é pedir demasiado.

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