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sábado, 21 de janeiro de 2017


Como mais vale ganhar a jogar mal, que não ganhar a jogar bem, saúde-se a vitória do F.C.Porto, uma vitória que lhe permite para já encostar no Benfica, continuar a perseguir o título, principal objectivo da temporada. Mas a jogar assim, com arbitragens destas - mais uma vez Jorge Sousa apitou sempre contra o F.C.Porto e se assinalou bem o penalty, tenho muitas dúvidas que se fosse na Luz fazia o mesmo - e sem o colinho do Dragão... fica muito complicado nos jogos fora.
É de deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos, ver a facilidade com que uma equipa que não tem muito mais aspirações que fazer um campeonato tranquilo - espreitando apenas uma possível ida às pré-eliminatórias da Liga Europa -, chega ao Dragão, monta banca, joga taco a taco, mostra em vários períodos do jogo mais qualidade futebolística que o FC.Porto. Não merecia perder pela diferença de dois golos.

Frente a um conjunto do Rio Ave bem organizado, com bola, sempre pronto para atacar, sem bola, rápido a reagir à perda, mantendo sempre o bloco compacto e os equilíbrios, o F.C.Porto só levou perigo à baliza vilacondense aos 17 minutos, quando Corona beneficiou de um ressalto e desperdiçou infantilmente uma clara oportunidade. O que Corona desperdiçou, no minuto seguinte, Filipe aproveitou para de fazer marcar o primeiro golo, de cabeça e após um excelente livre de Alex Telles. Em vantagem, mas sem terem feito muito por isso, os Dragões até podiam ter chegado ao segundo quando Diogo Jota, sozinho, atirou à barra. Não fizeram e foram os de Vila do Conde que mais tarde viriam a empatar - frango de Casillas -, colocando justiça no resultado.
Resumindo, até ao intervalo, mais e melhor a equipa de Luís Castro, uma primeira-parte fraquinha do conjunto de Nuno Espírito Santo.

Com Corona, lesionado, a dar o lugar a André André - acredito que a intenção de colocar mais um homem no meio-campo fosse não permitir que o Rio Ave tivesse tanta posse e manobrasse à vontade nesse sector -, a segunda-parte, quando ainda não se tinha percebido qual seria a tendência, Layún - acusou nitidamente a paragem, fez uma exibição para esquecer...- fez penalty, Rio Aves na frente, F.C.Porto obrigado a ter de dar a volta, correr atrás do prejuízo. Sem nunca ser capaz de jogar a um nível alto, muito em esforço e mais com o coração que com a razão, contando com a inspiração de Alex Telles e em mais dois lances de bola parada, através de Marcano, primeiro e depois por Danilo e Danilo, os azuis e brancos viraram o resultado. Feito o mais difícil e novamente por cima no marcador, esperava-se que a equipa de Nuno Espírito Santo fosse capaz de aproveitar os riscos que o adversário ia ter de correr, os espaços que iam surgir, sair para o ataque com critério e assertividade, matar o jogo. Só que não foi assim, o F.C.Porto raramente saiu, nunca foi capaz de ter bola, controlar, o Rio Ave ameaçou, a tranquilidade só surgiu a 2 minutos do fim quando Rui Pedro - agora tem de entrar sempre o jovem jogador, ainda com idade de júnior, nunca há uma oportunidade para Depoitre?- fez o 4-2.

Termino como comecei:
Objectivo cumprido, mas com o resultado a ser muito melhor que a exibição. Nesta altura, já tínhamos obrigação de jogar bem melhor.
O jogo foi à tarde, estiveram no estádio 43.328 espectadores. Por um lado, ficou provado que a um sábado e a meio da tarde, a público adere, por outro, com esta qualidade de jogo a tendência não é para cativar é para afastar público.

Nota final:
Alex Telles, a melhor aquisição da época, foi o melhor em campo e um dos poucos que escapou à mediocridade.

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