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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


É muito triste, mas não vale a pena tapar o Sol com uma peneira, olhar para o F.C.Porto à luz de uma realidade que não existe. O F.C.Porto hegemónico e por isso atractivo, no futebol; e com capacidade para trazer para o Dragão, jogadores que até eram dados como certos noutras latitudes, é coisa do passado, temos de cair na realidade. O tempo do quando queríamos, fechávamos e tínhamos, já passou à história, agora temos a UEFA em cima de nós e com malha apertada, não podemos arriscar a ter penalizações que tornariam a recuperação ainda mais difícil. Este contexto ajuda em parte a explicar a não vinda de Assis para o F.C.Porto. Assis interessava - continuo a dizer que como jogador tem muitas qualidades que me agradam...-, o F.C.Porto fez o que devia ter feito. Chegou a acordo com o Chaves, com o empresário - o nosso ex-jogador Pedro Mendes, que foi uma espécie de paizinho de Assis quando ele era um ilustre desconhecido -, na altura de negociar com o jogador, ele apresentou-se com um novo representante, não foi possível o acordo, pelos vistos o jogador preferiu o Braga - é estranho, mas não sei o que lhe ofereceram ou prometeram. Paciência. Nunca foi o nosso lema chorar, mesmo quando grandes craques deixaram o Dragão, não vamos agora chorar porque um jogador não entrou.

Dito isto, mais que olhar para trás - quem quiser tem todo o direito de querer saber como é possível estarmos nesta situação e quem são os culpados. Para mim isso é claro há muito tempo: começa no presidente, passa por actuais e ex-dirigentes, termina nos sócios e adeptos. Sim, embora em muito menor escala, também temos as nossas culpas. Mandar umas bitaitadas na net ou desancar nas reuniões de amigos, não chega... -, importa saber como vamos sair daqui, como vamos voltar a ter melhores condições para recuperar de uma crise profunda? Falando claro, assumindo os erros e baixando expectativas - nunca deixaremos de ser candidatos e de lutar por títulos, mas actualmente as condições para atingir esses desideratos, são muito piores; formando bem e apostando com critério na nossa formação e nos treinadores e jogadores a contratar; baixando custos com o pessoal, principalmente, jogadores, treinadores, sem esquecer presidente e administração - atendendo aos resultados apresentados, já há muito que deviam ter feito isso, até como exemplo; estando atentos e denunciando sem medo, o Polvo Vermelho e os seus tentáculos, como, felizmente, tem acontecido ultimamente; discernindo bem quem merece a nossa consideração e amizade, daqueles cínicos e hipócritas, falsos amigos, alguns que não passam de satélites(*) do clube do regime; tendo como lema, contra os inimigos, olho por olho, dente por dente, como no passado; finalmente, ganhar, ganhar e ganhar, começando já no importante jogo frente ao Estoril. E só ganharemos se houver um comprometimento de todos, todos de camisola vestida, cachecol ao pescoço e bandeira na mão, corpo e alma no F.C.Porto, sem calculismos, sem estar com um pé dentro e outro fora, olhando o F.C.Porto como trampolim para voos mais altos.

(*) - Que o Braga seja uma espécie de satélite do clube do regime, não me incomoda, eles sempre foram assim, está-lhes na massa do sangue, portam-se como capachos do Benfica e pelos vistos, gostam. Não, o que me incomoda é que negociemos com gente que está sempre pronta para nos criar problemas, não facilita nada, mesmo quando já foram por nós tão ajudados no passado; podem fazê-lo, mas quem premeia gente rasteira, da pior espécie, directores de lixeiras a céu aberto - nem o clube do regime alguma vez se atreveu a tanto... -, os piores inimigos do F.C.Porto; não pode merecer da nossa parte qualquer tipo de contemplação, só devia merecer o nosso desprezo. Saber que no ano passado o nosso canal de televisão, transmitiu a gala daquela gente... ainda me causa comichão.

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