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sábado, 8 de abril de 2017


Sob o lema, há sete jogos para jogar, são sete jogos para vencer e perante mais uma excelente moldura humana, 41.322 espectadores, o F.C.Porto não podia voltar a dar um passo em falso, tinha de conquistar os 3 pontos, dormir na frente da classificação, colocar pressão no Benfica e ficar à espera do que fará o líder em Moreira de Cónegos. Deu um passo em frente, venceu naturalmente e com justiça e conseguiu o fundamental. Sim, mesmo que ao resultado não tenha juntado uma exibição brilhante, particularmente na primeira-parte e metade da segunda.

Sabendo que ia encontrar um Belenenses fechado no seu meio-campo, esperava-se por parte do F.C.Porto uma entrada forte, ritmo alto, um Dragão dominador, rápido com bola e sem ela, capaz de pressionar, depressa, um Porto que não deixasse o Belenenses sair de trás, o obrigasse a cometer erro. Mas não se viu nada disso, parecia que o F.C.Porto tinha vindo anestesiado das cabines. Dominava, tinha bola, mas era tudo feito devagar e denunciado, culpa de um meio-campo preso, sem dinâmica, sem imaginação e incapaz de romper, a que se juntava um ataque inexistente que, com excepção de Brahimi, não encontrava espaços, nem inspiração. Por isso não causou admiração as dificuldades que a equipa de Nuno Espírito Santo sentia, de tal maneira que só conseguiu uma jogada bem construída e uma boa oportunidade​ aos 10 minutos, a baliza dos de Belém só aos 24 voltou a ficar em perigo, quando Soares, sozinho e bem colocado e com tudo para fazer golo, passou ao guarda-redes. Nos intermédios, foi tudo muito mastigado, muitos toques, muita posse, sem que disso o conjunto de NES tirasse qualquer benefício. Mas se, como disse, faltava meio-campo e ataque, não faltava Brahimi. E como o argelino quando recebia a bola ia para cima, rompia, desequilibrava, criava perigo, foi assim que o F.C.Porto chegou à vantagem. Falta sobre o nº8, bola na área, Danilo ganhou o ressalto e colocou os Dragões na frente do marcador, iam decorridos 37 minutos. Até ao intervalo mais nada de relevante se passou. Como tal e resumidamente, pode dizer-se que numa primeira-parte pouco conseguida da equipa azul e branca, apenas Brahimi esteve a um nível alto. Mas como o Belenenses nunca incomodou, nunca ameaçou sequer a baliza de Casillas, apesar da pouca qualidade de jogo dos portistas, o resultado pela diferença mínima era justo no final dos 45 minutos iniciais.

Para a segunda-parte e com o resultado a ser perigoso, esperava-se que a equipa melhorasse o rendimento, procurasse chegar depressa ao 2-0, rapidamente se pusesse a coberto de qualquer capricho em que o futebol é fértil. Mas não foi  assim, a segunda-parte começou como foi toda a primeira, a baliza do Belenenses só esteve em perigo de golo iminente, já iam decorridos cerca de 20 minutos, quando Óliver e passado apenas 1 minuto, Felipe, desperdiçaram duas claras oportunidades de golo. Era preciso fazer alguma coisa, mexer, agitar. O treinador do F.C.Porto ao minuto 23 tirou André Silva e meteu Corona, o mexicano mal tinha entrado, passaram apenas 2 minutos, conseguiu uma bela jogada pela direita, colocou na cabeça de Soares e este não desperdiçou, aumentou a vantagem. Como o 3-0 veio passados apenas 4 minutos, por Brahimi, na conversão de uma grande-penalidade cometida sobre si, a partir daí e até final, equipa ficou mais tranquila, confiante e confortável, exibiu-se a melhor nível, podia até ter aumentado a contagem, se Jota que substituiu o homem do jogo, não tivesse entrado mal, ao contrário de Herrera que substituiu e bem, um Óliver aquém do esperado, tal como André André.
Tudo somado, como disse, nada a apontar à vitória do F.C.Porto, seguimos na luta.

Nota final:
Continuo a pensar que o habitat natural desta equipa é o 4x3x3, com Corona, Soares e Brahimi no ataque, mesmo com a intermitência do mexicano, muito menos decisivo que o argelino. É injusto para André Silva? Talvez, mas só vejo uma possibilidade para ele, jogar no meio. A jogar descaído na direita não me parece a solução, principalmente frente a equipas muito fechadas.

Última hora:
Andebol, F.C.Porto 30 - Sporting 28.
Grande jogo, má 1ª parte do F.C.Porto, foi para o intervalo a perder por 6, fantástica 2ª parte, vitória importantíssima.

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