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sexta-feira, 12 de maio de 2017


Como podem ler aqui, Iker Casillas tem a possibilidade de accionar a cláusula de opção que lhe permite continuar na Invicta na próxima época, mas quer esperar pela decisão do F.C.Porto, saber o que os Dragões pensam sobre o assunto. É apenas mais uma atitude que se aplaude de alguém que tem tido desde que chegou sempre um comportamento exemplar. Iker vestiu, na verdadeira acepção da palavra, a camisola do F.C.Porto e, porque não dizê-lo, também a da cidade que o acolheu. Mas Iker é um profissional caro, ganha muito acima da média salarial do F.C.Porto, numa altura que os Dragões estão sobre a alçada da UEFA por violação do fair-play financeiro, estão obrigados a não cometer loucuras, apertar o cinto, baixar os custos com o pessoal. Sendo assim, o que fazer com Iker Casillas? Para dar uma resposta é importante saber: quanto pesa o prestígio de Iker em marketing e merchandising? Quanto pesa Iker em carisma e liderança no balneário, um capitão na verdadeira acepção da palavra, mesmo que não use braçadeira? Não coloco o peso do rendimento desportivo, mesmo que nesta época, ao contrário da anterior, tenha estado a um nível alto, sendo decisivo em vários jogos, porque é para o lado que dormimos melhor, José Sá dá toda a confiança. Portanto, sabendo que não nos podemos permitir a certos luxos, é fundamental perceber se aquilo que Iker representa nas equações colocadas, compensa aquilo que ganha. Há uma solução que agradaria a todos: Iker Casillas aceitasse baixar o salário para valores dentro de valores mais comportáveis. Mas com propostas de vários clubes e o apelo americano que lhe permitem manter ou até aumentar o salário, estará Iker disposto a isso? 

Se tivesse tantas certezas quando preencho o boletim do euromilhões, como tenho sobre as reacções de certa escumalha a alguns acontecimentos do dia a dia do futebol português... era um homem muito rico! Como já tinha dito no post anterior, com foto e tudo, quando Benfica e Sporting se juntaram, nunca foi contra o F.C.Porto, foi sempre uma coligação benigna, positiva, para a melhoria do futebol português - uma espécie de eu ganho 2 ou 3 e tu ganhas 1. Se F.C.Porto e Sporting se juntam, obviamente, já não é assim, é um coligação maligna, negativa, não augura nada de bom para o futebol português. E como Pinto da Costa é o diabo, Bruno de Carvalho que se cuide. É este o grunhido deixado hoje no panfleto da queimada pelo freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado. Mesmo que nunca como agora a pouca vergonha não tenha limites. Mas como não me canso de dizer e os túneis da pouca vergonha, o Estorilgate, o colinho, o andor e os vouchers, são bons exemplos, quando o clube do regime ganha ninguém pode beliscar os seus méritos, nem os encantos de um futebol português quinta maravilha do mundo.

É o Canelas, senhores, o grande problema do futebol português chama-se Canelas.
É normal a ADoP fazer controlo anti-doping a clubes dos regionais, como fez ao Canelas? Não. Porque fez ao Canelas? E como a ADoP é um departamento que funciona na dependência da Secretaria de Estado dos Desportos, ficamos esclarecidos. O Estado não se preocupa com algumas poucas vergonhas que vão acontecendo na alçada do clube do regime, sendo que o caso das claques fora-da-lei é um exemplo paradigmático, a impunidade é generalizada, mas pelos vistos o Canelas merece-lhe muita atenção. O Canelas é o grande problema do futebol português. Haja paciência!
Isto, meus amigos, não é para ser lavado a brincar, isto é muito sério, diz bem de que como as coisas funcionam neste país. Tanto que achei importante dizer mais qualquer coisa, acrescentar a nota final que se segue.
 
Nota final:
Esta semana vi um vídeo com a intervenção de Pinto da Costa quando da célebre penhora das Antas. E ao vê-lo, recuei no tempo, até 14 de Fevereiro de 2010, dia em que fiz um post em que a prósito do campeonato do túnel, dizia isto:
«9 de Março de 1994, Pinto da Costa discursa no pavilhão nº2 do complexo desportivo do F.C.Porto, completamente cheio. Em causa a penhora da retrete dos árbitros do Estádio das Antas, era Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, sendo Ministro das Finanças, Eduardo Catroga.
O F.C.Porto, pela voz do seu líder, revoltou-se contra o poder e fez valer os seus direitos contra o tratamento discriminatório e vexatório de que estava a ser vítima. Milhares de portistas disseram presente e manifestaram ao seu presidente todo o apoio e toda a solidariedade nessa hora difícil, nessa hora de luta...
O mesmo que passou um ano antes na ida ao Governo Civil e se passaria depois, quando da miserável campanha do Record, 1996, sem esquecer as posições duríssimas contra Rio, em nome da construção do Estádio do Dragão...
Agora, perante tantas e tantas poucas vergonhas, o F.C.Porto está calado, conformado, não reage. Porquê? Onde pára o Porto capaz de lutar contra tudo e contra todos para se fazer respeitar? Por onde anda o Porto que era capaz de lutar, até contra o destino...? Que sorte têm o Hermínio Taberneiro, o Vítor Pereira, o Pavão Vermelho, enfim, os porcos da bola, que passam a vida a faltarem-nos ao respeito...»

Se em 2010 já era assim, agora é muito pior. Ou o F.C.Porto e ao mais alto nível, confronta os poderes do Estado, ou preparemo-nos para mais uma longa travessia do deserto. Isto está tudo minado, tudo controlado, o cheiro a polvo espalha-se por todo o lado. É tempo de gritar, BASTA!!!

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