Populares Mês

sábado, 6 de maio de 2017


Não havia outra possibilidade: ou o F.C.Porto vencia, saltava, mesmo que provisoriamente para o 1º lugar, colocava pressão no líder do campeonato e esperava pelo jogo de Vila do Conde, mas fosse qual fosse o resultado no Rio Ave - Benfica, mantinha as expectativas, a esperança na luta pelo título e arrumava a questão do 2º lugar; ou não vencia e apenas a matemática alimenta o sonho, pior, até o outro lugar que dá entrada directa na Fase de Grupos da Champions League, pode complicar-se. Disse o treinador do F.C.Porto que este jogo era uma final, mas depois de nunca se ter conseguido impor na altura em que podia saltar para o 1º lugar, quando podia voltar a colar-se ao líder e manter uma pressão forte, o F.C.Porto voltou a falhar e hoje nem há a desculpas. Hoje o F.C.Porto só pode queixar-se de si próprio, obviamente, treinador e equipa, já que os adeptos nunca se cansaram de apoiar. Mas não merecia o F.C.Porto ter ganho o jogo de hoje? Merecia, mas de vitórias morais estamos nós fartos. E porque não ganhou? Não ganhou porque no melhor período não conseguiu fazer o segundo, não ganhou porque na 2ª parte jogou mal até ao golo do Marítimo, só reagiu depois de ter permitido o empate e nessa altura mais uma vez ficou provado que não é por ter muitos avançados que se marcam golos.

Entrando com Casillas, Fernando Fonseca, Felipe, Marcano e Alex Telles, Rúben Neves, André André,  Herrera, Otávio, Soares e Brahimi, o F.C.Porto, ao contrário do que nos últimos jogos, entrou desperto e frente a um Marítimo fechado, compacto, bem organizado e agressivo, começou a trocar com propósito, saiu com critério, construiu bem, não teve muitas, mas teve algumas jogadas bem delineadas, algumas faltou apenas melhor definição no passe, mais eficácia na hora de finalizar. Assim, não admirou que a equipa de Nuno Espírito Santo chegasse à vantagem, iam decorridos 28 minutos, por Otávio, a finalizar um jogada bem delineada em que também Herrera teve protagonismo. A perder era natural uma reacção do Marítimo e ela aconteceu. Se é verdade que a baliza de Casillas nunca esteve sob perigo eminente, também é verdade que o F.C.Porto perdeu algum equilíbrio, alguma coesão e organização, deu alguns espaços. Virtude da equipa insular, culpa de alguns jogadores portistas que na posse de bola não só não a trocavam, como demoravam a soltá-la, quando a soltavam nunca era nas melhores condições. Mesmo assim a oportunidade mais flagrante pertenceu aos azuis e brancos, Fernando Fonseca falhou na cara do guarda-redes, quando podia ter assistido Soares.
Assim e resumindo, uma 1ª parte de bom nível, em particular até ao golo de Otávio, menos bem até ao intervalo, mas apesar disso equipa de NES mais perto do segundo que de sofrer o empate.

A perder era natural que o Marítimo arriscasse, pressionasse, viesse mais atrevido na procura de alterar um resultado que lhe era desfavorável. E assim foi. Mesmo que a primeira jogada perigosa tenha sido de Herrera que enquadrado com a baliza, em vez de rematar, resolveu passar, a partir daí o Marítimo cresceu, o F.C.Porto perdeu organização, clarividência, capacidade para ter bola, deu espaços, não se conseguiu superiorizar e se Casillas não foi muito solicitado, foi notório que o conjunto insular estava a criar mais dificuldades, a chegar com mais perigo na frente. Com o treinador do F.C.Porto a ver e a não reagir, começou a instalar-se o sentimento que algo de mau podia acontecer na baliza dos azuis e brancos e aconteceu. Canto ao segundo poste, três jogadores do F.C.Porto a ver a banda passar, Djoussé a cabecear e golo. Corona entrou logo de imediato para o lugar de Otávio - mais tarde entrariam André Silva e Rui Pedro para os lugares de Rúben Neves e Fernando Fonseca - e a reacção portista foi boa. O conjunto de NES passou a dominar, a atacar muito, mas faltava discernimento, mais assertividade de hora de decidir - Brahimi abusou dos lances individuais; Corona, menos, mas também abusou; André Silva agora não marca golos, Soares não fez um bom jogo; Rui Pedro não é milagreiro -, perante um Marítimo que só queria segurar o empate e conseguiu. Não merecia, mas com o mal dos outros podem eles bem.
E o jogo terminou com mais um empate, mais uma grande desilusão, mais uma vez ficou a nítida sensação que não fizemos tudo para vencer. Não na atitude, mas na qualidade de jogo.

Notas finais:
NES estou farto das tuas desculpas! Treinador do F.C.Porto não pede desculpas, ganha jogos! As desculpas evitam-se e andas a pedir desculpas há várias semanas. Uma equipa que numa altura decisiva perde 8 pontos com Setúbal, Braga, Feirense e Marítimo, só pode ser campeã por milagre.

Parabéns, Fernando Fonseca! Quem se estreia num jogo desta importância e tem um rendimento que tu tiveste, só pode estar contente, não foi por ti que o F.C.Porto não ganhou.

Se as coisas estavam muito complicadas, agora complicaram-se ainda mais, mesmo que o clube do regime perca amanhã - não acredito! - ainda fica na frente e com dois pontos de vantagem.


- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset