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domingo, 21 de maio de 2017


Já com tudo decidido no que dizia respeito ao F.C.Porto e com o Moreirense ainda a lutar para se manter na 1ª Liga, era natural que as duas equipas tivessem estados de espíritos diferentes. Mas quando se trata de profissionalismo ao mais alto nível e porque a camisola do F.C.Porto é sagrada, tem de ser sempre respeitada e honrada, embora ninguém esperasse que o conjunto de Nuno Espírito Santo(NES) tivesse hoje em Moreira de Cónegos aquilo que nunca teve em vários e decisivos momentos da época - seria a suprema das ironias!-, também ninguém esperava uma uma exibição tão má como aquela que os Dragões produziram hoje durante a primeira-parte. Foi um Porto sem nada que se aproveitasse, 45 minutos que deixaram envergonhados todos aqueles que gostam do F.C.Porto. Há limites que nunca podem ser ultrapassados. E hoje foram e muito.
Na segunda-parte a exibição não foi tão má, seria impossível, mas nunca foi um Dragão à altura do que se exige a uma equipa do F.C.Porto. Na despedida do campeonato fica a vergonha de um Porto que não honrou a camisola e faltou ao respeito ao portismo.

Quando logo aos 4 minutos Ramirez nas costas de Filipe, cabeceou para defesa difícil de José Sá, ficou dado o mote. Depois desse aviso a equipa da Invicta reagiu, mas era tudo muito lento, muito denunciado, não havia dinâmica, não qualidade, não havia nada, antes do 1º golo do Moreirense - Boateng entre Marcano e Alex Telles, a cabecear para golo após um excelente cruzamento de Rebocho - aos 16 minutos, apenas um remate de Herrera e outro de Brahimi. Muito pouco, nada, melhor dizendo. Em vantagem a equipa de Petit recuou, deu a iniciativa ao F.C.Porto, a equipa de NES tinha bola, mas nunca soube o que fazer com ela. Os de Moreira de Cónegos, confortáveis, aproveitavam a pouca inspiração dos portistas, as perdas de bola de Brahimi e companhia, para saírem bem para o contra-ataque e criarem perigo. E foi assim, aproveitando a passividade de um Dragão abúlico, que Frédéric Maciel ia decorrido o minuto 37, aumentou a contagem, chegou ao 2-0! Pior, justificava essa vantagem, o que diz tudo sobre o que foi a exibição da equipa de NES nos primeiros 45 minutos.

Depois do que aconteceu na primeira-parte, uma exibição miserável, o F.C.Porto só podia melhorar na segunda. NES tirou Otávio e Herrera, meteu Corona e André Silva - mais tarde saiu Soares e entrou Rui Pedro - e o F.C.Porto melhorou. Mas se dominou e foi chegando mais vezes e com mais perigo junto da baliza de Makaridze e obrigou o guarda-redes dos de Moreira a empenhar-se, nunca atingiu um nível alto, nunca foi mais perigoso que o seu adversário. Prova disso, José Sá também teve de brilhar. Num excelente golo, Maxi reduziu aos 66 minutos e a partir daí esperava-se uma reacção forte dos portistas na procura do empate. Mas não foi isso que aconteceu, o F.C.Porto voltou a vacilar na defesa, desta vez foi Felipe e foi Alex que marcou, colocou o marcador em 3-1. Brahimi ainda podia ter feito o segundo, André Silva logo depois, também, mais um ou outro ameaço, mas nada se alterou e o F.C.Porto terminou

Mais uma vez, foi quase uma constante desta temporada, o F.C.Porto deu 45 minutos de avanço - jogos houve que até deu mais de 45... Desta vez essa entrada em falso teve consequências desastrosas, dois golos sofridos e nenhum marcado e também a segunda derrota da equipa de NES.
Triste despedida, mais uma exibição vergonhosa, mais uma enorme desilusão, mais uma grande falta de respeito pelo portismo. Este jogo foi igual a muitos outros, o espelho da época
Agora que tudo acabou, é a hora dos dirigentes analisarem e tomarem decisões. Mas, por favor, poupem-nos a conversa fiada e mais do mesmo, no que toca a desculpas. Já não há pachorra!

Nos próximos dias teremos tempo para falar...

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