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quinta-feira, 25 de maio de 2017


Nesta altura há muito pouco para dizer, estamos todos na expectativa de quem vai ser o novo treinador. Como as coisas não são, sai um e passado umas horas entra outro, é natural que haja muita especulação, muita contra-informação, muita gente a colocar-se em bicos dos pés e a apregoar informação privilegiada. Se acreditássemos em tudo que vamos ouvindo e lendo, não conhecessemos alguns artistas da escrita e da palavra, mesmo alguns portistas que sabem sempre tudo e a toda a hora, teríamos de concluir que o F.C.Porto é uma casa a arder, um clube/SAD em auto-gestão, estaríamos perante um dramático regresso ao passado, um passado em que no F.C.Porto e na altura da escolha do treinador, por exemplo, todos metiam o bedelho, desde o director do Atletismo até ao director da Natação. As coisas podem não ser como eram num passado não muito longínquo, mas também não são como corre por aí. Por isso não acredito que e mais uma vez, estejamos à espera de Godot - vocês sabem de quem estou a falar... Já pagamos o preço que tínhamos a pagar por essa espera, não acredito que estejamos a cometer novamente o mesmo erro.
A foto com o presidente Pinto da Costa e o homem forte do futebol, Luís Gonçalves, não foi escolhida por acaso. São eles e em primeiro lugar, quem tem a tarefa de escolher, depois apresentá-la a quem de direito. Nem me passa pela cabeça que não seja assim... Que sejam felizes e escolham bem, é o meu, nosso, desejo.

Dito isto, se já tive as minhas preferências e manifestei-as, com particular enfoque quando saiu Jesualdo, agora e sendo sincero, não tenho nenhuma. Mas uma coisa tenho: saudades de bons espectáculos, de ver uma equipa que jogue muitas vezes bem, as más exibições sejam as excepções que confirmam a regra e não o contrário, como tem acontecido de alguns anos a esta parte. Tenho consciência que esta visão, nos dias de hoje, é uma visão romântica, no caso do F.C.Porto pior, porque a pressão de ganhar é cada vez maior, mas que tenho saudades de sair do estádio com uma barrigada de bom futebol, tenho. E meus amigos, desde André Villas-Boas - tirando um pequeno hiato a seguir ao jogo dos 5-0 ao Benfica - que o F.C.Porto não apresenta um futebol que encante. Esta época, numa exigência que nunca foi alta, pode dizer-se que fizemos muito poucos bons jogos, o único jogo em que estivemos a um nível alto, à altura das exigências do F.C.Porto, foi frente ao clube do regime e durante sessenta e poucos minutos. 
Os portistas estão sedentos de títulos, mas também de bom futebol. 
Prefiro os títulos, mas deixem-me ter a ilusão que vamos ter uma coisa e outra em 2017/2018.

O panfleto da queimada é um vale de lágrimas.
Tem sido um ver se te avias, quase todo o penico da queimada já chorou baba e ranho pela saída de Nuno Espírito Santo, do F.C.Porto. Depois do freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado, do reco-reco Guerra, hoje foi a vez de Vítor Serpa - para uns Kasparov, para outros Marionete, há também quem lhe chame pastel de Belém ou rainha de Inglaterra -, a lamentar a saída de NES e a apontar a contradição entre as queixas aos árbitros e a saída do treinador. Parece incoerência, mas não é, Serpa. Os árbitros erraram muito e por isso NES foi vítima dos apitadores e não só, mas também pagou o preço de ter falhado, não uma ou outra vez, muitas vezes - a propósito e é preciso repeti-lo muitas vezes, se fosses sério e de facto mandasses alguma coisa nesse pasquim benfiquista até ao vómito, terias seguido o mesmo critério do passado e destacado em manchete, O título do Benfica é um tributo dos árbitros, mas como não és sério nem mandas nada...- e não, a gota de água não foi aquilo que te sopraram, Nuno dar os parabéns ao Benfica. Foi mau, foi lamentável, mas foi aquilo que NES sempre fez, ficar bem nas fotos. E não foi apenas durante a época e no momento que o clube presidido pelo Midas que deve centenas de milhões, se sagrou campeão. Não, foi até, já treinador dos Dragões e a poucos dias de ser apresentado. Tivesse ele dado provas de capacidade e competência em várias áreas, a mais importante seria para motivar e galvanizar as tropas, levá-las à transcendência na hora da verdade e até esse sapo teríamos engolido, seria apenas mais um.

Nota final:
Um patetinha qualquer disse que no Porto há mais adeptos do Benfica que do F.C.Porto. A culpa não é do patetinha, é daqueles propagandistas que sistematicamente das cosas mais simples, normais fazem grandes coisas. Ainda no último fim-de-semana vimos, Norte recebe em festa o campeão, equipa recebida em delírio, etc. Depois, o que constamos? Pois é, pouco mais de meia casa no Bessa. Pouco mais de 16 mil num estádio que leva 30 mil.

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