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sábado, 22 de julho de 2017

 
Nota de abertura:
O presidente do F.C.Porto está hospitalizado, mas a recuperar bem. Tal como aconteceu em outras ocasiões, há muito javardo neste país que confunde os desejos com a realidade. Curiosamente, há quem tenha sido muito lesto a fazer editoriais de condenação aos cânticos da maior claque do F.C.Porto, mas não tenha dito nada contra as resmas de comentários abjectos a propósito do acidente que atirou Jorge Nuno Pinto da Costa para o hospital. E não podem dizer que não os conhecem... porque quando lhes interessa andam muito atentos às redes sociais.

E agora, algumas análises individuais, talvez prematuras, valem o que valem, mas também é para isso que existe o Dragão até à morte.

Vaná:
Jogou muito pouco, não há nada que se possa dizer em seu favor ou contra. Parte, a priori, como terceiro guarda-redes...

Ricardo: o que mais me impressionou nos dois jogos. No F.C. Porto já dava indícios de ser um jogador com potencial, tecnicamente interessante, rápido com e sem bola, polivalente, precisava de jogar regularmente para crescer, deitar cá para fora tudo o que se adivinhava. Em França teve essa possibilidade, jogou muitos jogos numa boa equipa e num bom campeonato, impôs-se, foi uma das figuras do terceiro classificado da Liga francesa. Regressou e mostrou que pode ser um jogador importante no Porto de Sérgio Conceição. Defende bem, ataca bem, tanto vai por fora como interioriza, dá profundidade, tem uma grande capacidade de rapidamente transformar uma recuperação perto da área do F.C.Porto, numa jogada de perigo na área adversária.

Martins Indi:
Fez uma bela época na Premier League ao serviço do Stocke, mas vá lá saber-se porquê, os ingleses não se quiseram chegar à frente - estarão a guardar-se para o final do mercado, esperando que nessa altura ou em Janeiro o F.C.Porto venda a preço de saldo? Ficam à espera mais um ano e no próximo ficam com o jogador a custo zero? Porque alimentou essa possibilidade, Indi, pareceu no México um jogador triste, cumpriu, mas sempre deixando a ideia que tem a cabeça noutro lugar. É canhoto, não há muitos por aí, adapta-se bem a um sistema com três centrais, pode dar um jeito na lateral em caso de emergência, razões para veja com bons olhos a sua continuidade... mas de corpo e alma e com a possibilidade de uma saída sem que o F.C.Porto receba aquilo que é justo, afastada..

Rafa:
Não acompanhei a época que fez no Rio Ave, mais li que foi excelente, o mesmo pensou o F.C.Porto, Rafa regressou, integrou o estágio, foi para o México. Nos dois jogos que lhe vi, fiquei com a ideia que tinha dele quando jogava no F.C.Porto B. Bem com bola e para a frente, dificuldades sem bola a defender. Quer frente ao Cruz Azul, quer com o Chivas, deu espaço nas costas, no primeiro jogo a bola foi às malhas laterais, no segundo começou na má colocação dele o golo do 2-2. É um jovem, tem potencial, se for capaz de corrigir estes defeitos defensivos, ser mais agressivo e mais rápido a atacar a bola, pode vir a ser um lateral-esquerdo com capacidade de no futuro e não a muito longo prazo, ser o dono do lugar no lado canhoto da defesa do F.C.Porto.
 
Sérgio Oliveira:
Talento, tem. Coisas que mais nenhum outro médio do F.C.Porto, capacidade de tiro, também tem. Falta-lhe intensidade e capacidade física para ir e vir, acreditar no seu valor, querer muito. Apareceu muito bem no México, ainda é um jovem, está muito a tempo de ser o jogador que tanto prometeu quando jogava nos juniores e era chamado à equipa principal. Comigo, no mínimo, pelo menos estava sempre entre os 18.

Mikel:
Não tendo ainda a experiência e a qualidade de Danilo, o nigeriano pode ser uma boa alternativa ao internacional português, mas são jogadores de características semelhantes. Têm ambos dificuldades em jogar longo, com um passe de 30 ou 40 metros, transformar uma jogada defensiva numa oportunidade de golo. Quando é sabido que o F.C.Porto em muitos jogos vai enfrentar equipas muito fechadas e que dão poucos espaços, não ter um jogador na chamada posição 6, o trinco, com essas capacidades, é para mim é uma lacuna. Danilo ainda é capaz de ter umas arrancadas, transportar a bola, já Mikel... Talvez em determinados jogos, jogos em que praticamente só se ataca, fazer uma adaptação, jogar com Herrera a trinco. Eu sei que o mexicano às vezes desconcentra-se, inventa, facilita, mas como acho importante tem um jogador diferente nessa função...

Aboubakar:
Regressou melhor que aquele Aboubakar da segunda metade da época 2015/2016, mas não diferente do Aboubakar que tanto prometeu no início da mesma época, quando já dizíamos que tinha feito esquecer Jackson Martínez. É um bom avançado, dificilmente encontraríamos melhor em circunstâncias normais, com o aperto financeiro, então é que nem se fala. Mas é uma situação difícil de gerir, está no último ano de contrato, ganhava muita pasta no Besiktas...

Galeno:
Não se pode pedir a um jovem que veio da equipa B, está a dar os primeiros passos no plantel principal, conhecer colegas, treinador, adaptar-se a um forma diferente de jogar e outra exigência, está cansado e as pernas pesam, chegue e brilhe a grande altura. Jogadores desses são muito poucos. Vamos indo e vamos vendo, mais à frente há tempo para decidir o que fazer com o jovem brasileiro. Recorde-se que nos dois jogos no Olival, frente à Académica e Rio Ave, marcou...

Hernâni:
Outro que esteve muito bem na época anterior, no caso ao serviço do Vitória S.C.. Mas Hernâni para mim continua a ser um mistério. Olha-se para ele, parece triste, quando devia estar feliz, tentar agarrar com tudo e de sorriso nos lábios, mas uma oportunidade de ficar e contar, no principal plantel do F.C.Porto. Tanto faz coisas magníficas, como se perde num futebol inconsequente e que não leva  alado nenhum. Se não for agora, quando será?
 
Dito isto, ainda temos três jogos, dois antes da apresentação e da selecção que vai ter de ser feita, digo eu. Há tempo para trabalhar, a equipa crescer, agora que as pernas começam a pesar menos, não há os problemas que a digressão mexicana acarretou, continuar a ver e avaliar evoluções colectivas e individuais.
Há uma certeza que tenho:
Se não sair ninguém, não houver gente amuada porque queria sair e não saiu, ao contrário do que vou ouvindo e lendo, o F.C.Porto de Sérgio Conceição, em termos de opções, não está mais fraco que o de Nuno Espírito Santo, mesmo que a única aquisição seja Vaná.

Nota Final:
Marega, pelo que vou lendo e ouvindo, ainda não se apresentou. Não sei as razões, mas seria muito estranho que ainda fosse uma hipótese para o plantel da época que para o F.C.Porto, começa dia 9 de Agosto às 19 horas no Estádio do Dragão frente ao Estoril.

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